A mulher, ao longo dos séculos, sempre amargou essa alcunha de bruxa – um sinônimo quase perfeito do substantivo MULHER.
Como essa saga começou? Não sei e fiquei com preguiça de pesquisar, porque a maioria dos links que o Google dá não tem nada a ver com história, mas com estórias. Mas como esse “textículo” não é acadêmico nem jornalístico, deixa quieto.
A literatura clássica e o cinema, entretanto, estão cheios de exemplos e de sugestões de como era a vida de uma mandingueira: se uma mulher tivesse sonhos estranhos, bruxa; se fosse intuitiva, bruxa; se gostasse de plantas, bruxa; se gostasse de sexo, bruxa; se engravidasse de pai desconhecido, bruxa; se fosse linda e assediada, bruxa; se fosse feia e ninguém “pegasse”, bruxa, claro! E se não conseguisse engravidar? Ventre seco – só podia ser bruxa!
Ah, sim: as que faziam remedinhos caseiros e comidinhas gostosas também eram tidas como bruxas. As que gostavam de gatos (misericórdia!) também não escapavam.
Antigamente, era fácil tirar do mapa uma mulher maravilhosa, era só dizer que a bichinha era uma bruxa e pronto: fogueira nela!
Hoje, as bruxas continuam sendo chamadas de bruxas, por todas as razões citadas acima ou mais. É que a gente continua cozinhando, curando, gozando, sonhando, intuindo… E se tudo isso é ser bruxa… Eita! Eu acho que sou também!
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