VENDE-SE
Vendo as luzes de Natal,
vendo poesias,
vendo as notícias do jornal.
Vendo…
Vendo…
Vende-se.
Escuta aqui:
isso não é nenhum carnaval
e não serei o palhaço até março!
No máximo, um louco
procurando vida,
onde tudo está à venda.
Rasgue suas sedas,
tire suas vendas!
Onde há vida,
há poesia.
Nada à venda,
O jornal espera,
ele venderá a sua morte,
depois do carnaval.
Vendo você,
vendo uma nova romaria,
vejo que não tem fim
essa grande putaria.
Elpídio Jr.