A SOLIDÃO DO POETA
Sim, em meio à multidão,
eu vejo a solidão do poeta
e o sangrar do seu coração.
Às vezes, o poeta comemora a vida,
com uma puta vontade de morrer!
Mas ele dissimula, essa é sua lida.
Cercado pelos amigos ou pela família,
não importa, é sempre estranho no ninho:
parece sobrar… Não faz parte da mobília.
Há mais poesia no suspiro de um poeta
do que nos textos que saem da sua mão!
Nenhum verso traduz sua alma inquieta.
Ele escreve sobre as luzes da cidade,
sobre tórridos amores e dias de sol,
mas por dentro: solidão e tempestade.
Lídia Vasconcelos